Enfermagem Atual
segunda-feira, 21 de março de 2011
Lista de material de uso ùnico
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Anestesiologia em enfermagem
Anestesiologia
Anestesia geral
Conceito – anestesia é a arte ou ciência de retirar a sensação e a reação a um procedimento cirúrgico.
Anestesia significa perda de todas as modalidades de sensação , quer seja o sentido da dor, tato, temperatura ou posição. Desta maneira , a anestesia geral implica a perda de todas as formas de sensação em todo o corpo, estando associada à inconsciência. Portanto , ela é um estado reversível de ausência de percepção dolorosa , relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência.
A anestesia geral compreende a tríade de inconsciência, relaxamento muscular e analgesia.
Estes efeitos são comumente produzidos através da administração de diferentes drogas no sistema nervoso, cada qual para sua própria ação específica.
Classificação:
Anestesia geral inalatória- é obtida pela administração de um agente gasoso ou volátil, através do sistema respiratório,inicia-se com a inalatória corre para a corrente sanguínea através da permeabilidade dos brônquios- alvéolos, chega aos centros cerebrais e deprime o SNC.Usada em pequena intervenções exemplo : redução incruenta de fratura
Anestesia geral endovenosa:é obtida através do uso de uma ou mais drogas , por via endovenosa.
Anestesia geral balanceada: é obtida através do luso concomitante , em proporções variadas , de agente inalatórios e intravenosos.
Histórico
Na antiguidade , os métodos de anestesia geral envoluiram:
· Provocação proposital de uma contusão cerebral
· Asfixia do candidato à cirurgia
· Embriagues
· Combinação de ervas e/ou seus alcaloides.
Muitas dessas combinações somente funcionam dentro de um contexto místico/mágico/hipnótico, quase sempre com o paciente em estado clínico muito precário ou terminal.
Um fato promissor ocorreu na época em que a humanidade descobria a existência dos gases e, dentre eles estava o óxito nitroso ( utilizado em festas e circos itinerantes , que exploravam sua propriedade de induzir euforia-gás hilariante e ao mesmo tempo provocava analgesia.
O primeiro anestésico inalatório utilizado com sucesso durante uma cirurgia foi o éter dietílico. Posteriormente , outros agentes novos surgiram , prometendo vantagens sobre o éter, embora a maioria tenha sido abandonado frente às desvantagens e complicações acumuladas no decorrer do uso. Exemplo:
· Clorofórmio ( mais potente do que o éter , porém provocava arritmia cardíaca.
· Ciclopropano ( provocava explosões em sala de cirurgias).
Atualidades
São utilizados três agentes inalatórios:
1. Halotano
2. Enflurano
3. Isoflurano
Halotano- conhecido como fluotano, passou a ser usado amplamente a partir da década de 50/60 . Ele não é inflamável.
· Produz indução e despertar suaves
· Não irritante para as mucosas e é broncodilatador
· Tem boa potência analgésica
· Desvantagens – aumenta a pressão intracraniana, causa depressão circulatória, induz arritmias cardíacas, leva a hepatite medicamentosa em determinados pacientes
Enflurano- conhecido como etrane. Foi introduzido uma década após o halotano.
· Tem a metade da potência do halotano.
· Produz relaxamento muscular
· Leva a indução lenta
· Deprime a respiração em planos profundo.
· Provoca menos arritmias cardíacas e não causa hepatite medicamentosa.
· Tem capacidade de deprimir o sistema circulatório.]
Isoflurano- surgiu na década de 80 , conhecido como forane. A mudança apenas na posição de alguns átomos resultou num agente mais potente, menos cardiodepressor , e , consequentemente, mais seguro para ser usado em pacientes cardiopatas.
Óxito Nitroso
Ajuda as hemácias a captar mais O2, não é potente, serve só para completar a anestesia.
· Fornece indução rápida e suave
· Menos potente, porém mais usado para suplementar outras técnicas,
· É eliminado em poucos minutos
· Produz analgesia intensa quando associado
· Não causa relaxamento muscular
· Seu emprego necessita do uso de aparelho de anestesia
· Não é irritante para as mucosas
Estes agentes voláteis são extremamente potentes e devem ser administrados através de aparelhos calibrados e de grande precisão conhecidos como vaporizadores.
Imagem
Os anestésicos inalatórios são capazes de promover analgesia e hipnose e, quando usado em grandes doses, também produzem relaxamento muscular. No entanto, essas doses elevadas são arriscadas , dando preferência à associação de um medicamento relaxante muscular.
O anestésico é vinculado em uma determinada concentração , juntamente com oxigênio , através dos circuitos de gases, que podem ser circuitos sem reinalação ou com reinalação ( uso da cal sodada).
Agentes de indução intravenosa
1- Hipnóticos – induzem , sem exceção , à perda da consciência de modo rápido após a administração EV; isto ocorre à medida que o cérebro recebe uma grande porcentagem do débito cardíaco e , consequentemente, da substância injetada, Não deve ser considerado um anestésico geral, uma vez que não produz analgesia e relaxamento muscular. Ele é útil para iniciar uma anestesia geral, pois poupa o paciente de respirar , ainda consciente , os vapores anestésicos de odor forte e irritantes. O hipinótico mais utilizado é o thionembutal , hypnomidate e propofol.
O Thio provoca indução agradável é rápida, seguida de hipnose moderada ou forte sedação. Após a indução , a anestesia é mantida por outros agentes como o halotano.
A indução é propicia uma anestesia por tempo de 15 a 20 minutos. Provoca miose , espasmo laríngeo ou depressão respiratória, atravessa a placenta , diminui a pressão intracraniana.Relaxa os pequenos músculos depois o diafragma, no final o diafragma volta primeiro depois os pequenos músculos .
Vantagens , não estimula a secreção e diminui a pressão intracraniana.
Desvantagens – depressão respiratória e apnéia, pouco analgésico, eliminação lenta, não provoca relaxamento muscular tem propriedades depressoras dos miocárdio.
Contra-indicação-asma brônquica , estado de choque e hipovolemia.
2- Opiáceos: são analgésicos , dentre os quais o grupo dos narcóticos ou opióides são os mais comuns. Existem três alcaloides naturais derivados do ópio em uso clínico: morfina, codeína e a papaverina. Seu uso é restrito devido aos efeitos colaterais como: depressão respiratória, prurido e retenção urinária. ( dimorf).
Na atualidade os opiáceos mais utilizados são: fentanil e o alfentanil. O fentanil é um analgésico sintético, cem vezes mais potente do que a morfina, sendo utilizado para produzir anestesia geral, juntamente com relaxante muscular e uma droga hipnótica. Tais drogas são administrada por via endovenosa.
A anestesia propriamente dita
· Sala de indução- enquanto espera o paciente , o anestesista verifica o equipamento anestésico, seleciona os medicamentos, verifica os equipamentos de monitorização.
· Monitoramento – em todos os casos , o equipamento de monitorização é ligado antes da indução da anestesia, sendo obtidas as leituras basais, A monitorização pré-anestésica deverá consistir de ;
· Oxímetro de pulso- permite a monitorização constante da saturação do oxigênio do sangue arterial, alertando qualquer anormalidade do sistema respiratório.
· Dispositivo de registro de pressão arterial –
· Monitor cardíaco- fornecem as derivações de um ECG contínuo
· Acesso intra-venoso – de calibre adequado para a cirurgia.
· Monitor de capnografia- monitoramento de CO2
Indução e manutenção da anestesia geral
A anestesia deverá atingir rapidamente uma profundidade apropriada para a cirurgia. A anestesia muito superficial está associada à movimentação , rigidez muscular, instabilidade cardiovascular e , o pior, à consciência do paciente. A anestesia excessiva pode ser perigosa, produzindo depressão dos sistemas cardiovascular e respiratório , além de prolongar o período
De recuperação. Desta maneira , os sinais vitais da profundidade da anestesia são muito importantes .
Estágios de anestesia
· Estágio I – analgesia ou indução – consiste na administração incial da anestesia até o nível desejado de profundidade. O período de anestesia até a perda da consciência. A ventilação do paciente é irregular e de pequeno volume, as pupilas está pequenas, e os reflexos ainda estão íntegros.
· Estágio II – excitação – é o período desde a perda da consciência até o estabelecimento da ventilação rítmica. As pupilas estão grandes e divergentes , o reflexo ciliar está abolido , mas o reflexo laríngeo está íntegros. O paciente pode estar muito agitado ( sub-inconsciente age no consciente, falas desconexas).
· Estágio III- anestesia cirúrgica – a ventilação é regular, mas pode tornar-se deprimida , tanto em frequência, quanto em profundidade, à medida que a anestesia é aprofundada. As pupilas encontra-se centralizadas e não reagentes , mas a medida que anestesia é aprofundada , elas dilatam-se , embora permaneçam fixas. Esta fase pode permanecer até a suspensão do anestésico . Também chamada de fase de manutenção e ao suspender a medicação ,sendo esta metabolizada , temos portanto, a recuperação do paciente.
· Estágio IV- Apnéia- a respiração cessa, o relaxamento muscular é intenso, as pupilas estão fixas e dilatadas. Esta é a anestesia excessiva, estando o paciente em risco.
A indução é mais comumente realizada por via intravenosa e os agentes utilizados são variados, como: barbitúrico- tiopental ou hypnomidate ; opióides-fentanil. Durante a administração destes agentes , o paciente estará recebendo oxigênio através de uma máscara facial e observa-se as reações do mesmo. A medida que o paciente começa a dormir , movimentos involuntários podem ocorrer , como soluços ou abalos. A injeção é interrompida quando o paciente perde a consciência.
Inbutação da traquèia
Existe dois métodos principais de se controlar a via aérea durante a anestesia ; intubação ou por máscara facial.
Indicação para intubação :
· Fatores cirúrgicos – cirurgia de cabeça e pescoço e grande porte
· Fatores do paciente- via aérea anatomicamente difícil e risco de aspiração
· Fatores anestésicos- técnica envolvendo ventilação artificial
A intubação endotraqueal é efetuada sob anestesia inalatória ou EV e para isto, é necessário o relaxamento da glote com o uso de bloqueador neuromuscular. Para o relaxamento neuromuscular o paciente deve estar sob efeito de um hipnótico-thionembutal.
Materiais usados para entubação endotraqueal:
· Equipamento para ventilação/oxigenação prévia
· Aspiradores potentes
· Laringoscópios apropriado com suas respectivas lâminas
· Cânulas endotraqueais e intermediários
· Esparadrapo ou outro dispositivo para a fixação da mesma.
Após intubação o paciente é ligado ao aparelho de anestesia, podendo ser uma respiração controlada assistida. Os gases anestésicos são introduzidos nos pulmões , através da ventilação , sendo absorvido pelo sangue ao nível alveolar e transportado pra o cérebro.
Obs:
· Respiração do paciente
· Função circulatória e ácido-base
· Condições hematológica e metabólica
· Integridade física(proteger os olhos , a placa do bisturi.
Recuperação anestésica
1- Superficialização;
Trata-se do processo inverso da indução anestésica. A escolha exata do momento exato para iniciar a superficialização deve levar em conta tantos os fatores relacionados com as drogas utilizadas , como as condições farmacocinéticas do paciente. Ela tem início quando se interrompe a administração do agente inalatório e/ou endovenoso.
2- Antagonização:
Algumas drogas não cessam seu efeito apenas com a interrupção da mesma necessitando , portanto , administrar drogas antagônicas.
As drogas mais utilizadas são:
Ø Neostigmia – inibidor da pseudo-acolinesterase-reversa a ação dos relaxantes mausculares ( prostgmine)
Ø Naloxone ( narcan)- utilizado para inibir rapidamente a ação dos opiáceos como o fentanil.
3- Desmame do ventilador- após a recuperação da função muscular e a antagonização dos depressores dos centros respiratórios , o paciente deve ser incentivado a reassumir a ventilação espontânea , através da desconexão intermitente do respirador.
4- Extubação traqueal- é retirada a cânula endotraqueal. Deve ser precedida por cuidadosa limpeza ( aspiração) da secreção orofaríngea , traqueobrônquica e reexpansão tporácica. Após a retirada da cânula o paciente deve receber oxigênio através de máscaras. A estabilização dos sinais vitais,a recuperação da consciência , retorno muscular são alguns dos parâmetros para encaminhar o paciente para a SRPA (sala de recuperação pós anestésica).
Relaxantes musculares
São drogas usadas, como coadjuvantes , em anestesia para produzir mairo relaxamento intra=-abdominal. Descoberta em 1859, através de relatos de índios no uso de flechas envenenadas com uma substância que matava o animal por asfixia. Após estudos esta droga , até então desconhecida foi denominada Curare “mata por asfixia”, não sendo, portanto anestésica.
Principais indicações:
Ø Produzir relaxamento muscular
Ø Diminuir a quantidade de anestésico inalatório
Ø Facilitar a intubação traqueal
Ø Corrigir laringoespasmos
Desenho da glote
Classificação dos relaxantes musculares
1- Drogas não desporalarizantes – são drogas que competem com acetilcolina no receptor, impedindo o transmissor de agir , atuando como agente antiespolarizante. Ocupa o lugar do receptor da acetilcolina, não desporlarizando a placa . Tempo de ação 40 minutos . Ex: allferine _ Pavulon- Flaxedil. Tracrium + Pavulon não precisa do antagonista ( prostgmine)
2- Drogas que competem com a acetilcolina, são drogas que ocupam o espaço da acetilcolina levando a uma despolarização da placa seguida de relaxamento por esgotamento. Tempo de duração 5 minutos.
Faz ação da acetilcolina em excesso e relaxa por esgotamento, causa tremores.
Ex: Quelicim
A ação dos relaxantes musculares é revertida através da droga Prostgmine inibe sua ação .
Anestesia Loco-regional
Desde a descoberta do efeito anestésico da cocaína por Carl Koller , em 1884 , a anestesia de condução vem sendo utilizada. Descobriu que a cocaína apresentava efeito anestésico sobre a superfície conjuntival. Em 1885 , Leonardo Corning, estudando o efeito da cocaína sobre os gânglios paravertebrais de cães, acidentalmente perfurou o canal raquidiano e provocou a primeira anestesia raquidiana. Porém , é a Dogliotti, em 1939 que é atribuído o crédito da popularização da técnica e sua descrição minuciosa.
Entende-se por anestesia local ou regional a que se obtém por meio de agentes químicos ( anestésicos locais) , resultando interrupção temporária dos impulsos nervosos , sem a perda da consciência . O anestésico impede a sensibilidade dos impulsos nervosos, não chega ao cérebro.
Tipos de anestesia Loco-regional
ü Anestesia tópica – resultante da aplicação do agente anestésico sobre as mucosas por instilação , spray , pomadas, gotas, adesivos
ü Anestesia por infiltração – o tecido a ser operado é infiltrado com anestésico que atua diretamente sobre as terminações nervosas.
ü Bloqueio de campo – a infiltração do anestésico se faz ao redor do tecido a ser operado.
ü Anestesia por condução – obtida pela deposição do anestésico junto aos troncos nervosos, longe do campo a ser operado.
ü A anestesia por condução divide-se:
ü Bloqueio de troncos nervosos : tronculares
ü Bloqueio das raízes nervosas no espaço extradural- peridural
ü Bloquei das raízes nervosas no espaço subural : raquidiana ( agulha vai até a dura mater e flui o líquido céfalo-raquidiano).
Ações dos anestésicos locais
· Ação no SNC – deprime – depressão , analgésico( impede o impulso para ser codificado), ação nos quimiorreceptores (locais de grande quantidade de sangue , crosta da aorta, carótida, brônquios), regulam a quantidade de oxigênio e CO2 no organismo.Deprime os receptores cutâneos.
· No coração ↓ excitabilidade ↓ FC
↓condutibilade
· Ação na circulação – vasodilatação ↓
Ação no respiratório- pequenas doses estimulam o centro respiratório e grandes doses deprime-o.O volume depende do peso
Diminue a sensibilidade
· Térmica – 1ª ordem ( algodão com álcool não sente)
· Dolorosa- 2ª ordem ( agulhinha)
· Tátil – 3ª ordem ( espeta com firmeza a pinça)
Diminui a motricidade –sensibilidade motora – exemplos moviemtnos para levantar a perna. Ex: marciana
0,75 aboli até a motricidade – térmica dolorosa e tátil
0,5 não aboli a tátil ( sente) mexer , mudar
0,25 não aboli a motricidade ( parto)
Composição dos anestésicos
O anestésico é composto de ácido e base , isto é 50% de ácido e 50% de base, portanto ele é uma substância neutra. No entanto sua ação depende do ácido e sua difusão depende da base.
Para a ação e difusão máxima no SN é necessário 50% de ácido e 50% de base e o meio deve ser neutro.
Exemplo quando na infecção o meio vai estar ácido por isso não pega a anestesia .
PH meio ↑ - ação dificultada
Base difusão facilitada
PH meio ↓ ação facilitada
Ácido difusão dificultada
Se o PH foge da neutralidade , então não temos anestesia.
Ex de anestésico locais, para que sejam adequados, devem apresentar as seguintes propriedades:
1- Ter potência adequada
2- Dar uma duração anestésica suficiente
3- Não ser tóxica
4- Não provocar hábitos
5- Não ser alergênica
6- Não ser irritantes para os tecidos
7- Ser estável quimicamente de modo a permitir sua esterilização
8- Ser solúvel em água
9- Não retardar a cicatrização
Anestesia raquidiana
É uma anestesia obtida pela introdução do anestésico no espaço subdural. O anestésico age nas ráizes nervosa, sendo que a medula propriamente dita não é atingida. O anestésico bloqueia a condução nervosa, produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos.
A distribuição dos anestésicos depende:
· Fatores anatômicos como : curvatura antero posterior da coluna cervical (lordose )
· Fatores físicos como a gravidade: depende da densidade do líquido cefalorraquidiano e da solução anestésica. A solução mais utilizada no momento é a hiperbara.( é mais pesada que o líquor- xylocaína +glicose)são indicadas para cirurgias abaixo do umbigo e de maior duração.
Cuidados preliminares:
· Punção venosa com cateter de calibre adequado para infusão rápida de líquidos
· Material de anestesia geral e reanimação para qualquer eventualidade
· Drogas sedativas e vasopressoras presente na sala
· Bandeja de raqui devidamente preparada
· Anestésico local mais empregado como: marciana pesada, bupivacaina ou lidocaína. Na gravidez é só raque pois a anestesia geral passa para a placenta.
Posicionamento:
· Sentado na mesa cirúrgica com as pernas pendentes ou esticadas , região do mento encostada no esterno, ombros relaxados e exposição da coluna vertebral.
· Técnica de punção
· Agulhas 5,6,7 quanto mais fina menor complicações , bisel chanfrado é o mais usado
· Calçar luvas estéril e preparar as medicações
· Assepsia rigorosa da pele
· Identificação do espaço através de uma linha imaginária ligando as duas crista ilíacas a esta linha passa justamente ao nível do espaço intervertebral de L4 e L5.
· Introdução da agulha de raqui ( o número mais utilizado é a 5, 6, 7 )atravessa a pele , tecido subcutâneo , ligamento supra espinhoso, inter-espinhoso , ligamento amarelo, espaço extradural, dura máter e finalmente o espaço subaracnóide , onde encontramos o líquor cefalorraquidiano.
Destino do agente anestésico:
O anestésico introduzido no espalho subaracnóide difunde-se devido ao seu movimento molecular e ao mesmo tempo este se fixa aos nervos, onde irá exercer sua ação, bloqueando a condução elétrica dos nervos.
Percussão sistêmica
Pode ser de duas formas :
Intoxicação do anestésico – raramente
Pelo bloqueio autônomo – o bloqueio nervoso atinge fibras sensitivas e motoras , mas também promove bloqueio das autônomas simpáticas e parassimpáticas ( é pouco afetado pela sua localização crânio-caudal). Quando ocorre bloqueio extenso do sistema nervoso simpático , haverá profunda repercussão sistêmica como por exemplo;
· Sistema cardiovascular – sistema nervoso autônomo simpático bloqueado → dilatação dos capilares arteriais e venosos →queda do retorno venoso ao coração →diminuição do débito cardíaco → hipotensão arterial.
· Sistema respiratório – a apnéia é mais frequente devido à hipotensão arterial grave não tratada. Hipotensão leva à isquemia do sistema nervoso central e disfunção dos centros respiratórios , consequentemente , à apnéia.
Complicações da raquianestesia :
· Hipotensão arterial – bloqueio simpático e vasodilatação vascular.
· Perturbações respiratórias –paralisia dos músculos intercostais
· Náuseas e vômitos
· Cefaleias (hipotensão)
· Meningites ( contaminação)
· Dor lombar
· Síndrome de cauda equina ( paraplegia, causa idiopática)
Vantagens:
· Técnica simples e econômica
· Baixa toxidade
Desvantagens
· Hipotensão arterial
· Sequelas neurológicas
Indicações
· Cirurgia do andar inferior do abdome
· Indivíduos obesos
· Diabéticos
Contra indicações
· Infecção no local da punção
· Hipo e hipertensão arterial
· IAM
· Choque hipovolêmico
· Recusa do paciente
CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA
Os critérios de alta são de responsabilidade instransferível do Anestesiologista.
Para tal julgamento o anestesiologista associará critérios clínico específicos com os dados objetivos tirados da ficha de recuperação pósanestésica. Os critérios clínicos incluem:
· Padrão respiratório normal
· Freqüência respiratória adequada
· Ausência de sonolência ou confusão mental
· Sinais vitais estabilizados
· Capacidade para manter as vias aéreas
· Saturação de 02 Sp02 95%
1. A permanência da paciente na SRPA limitar-se-á a sua recuperação pós-anestésica,sendo imediatamente transferida após receber alta.
2. A enfermagem em consonância com a obstetrícia providenciarão acomodação para a paciente de alta da SRPA.
3. Após a alta a paciente poderá ter destinos diferentes: poderá ir para residência,ir para enfermaria, ir para uma unidade intermediária, ser internada na UTI.
AVALIAÇÃO PERMANENTE
Após a avaliação inicial e o devido registro na ficha de avaliação a enfermagem manterá observação contínua sobre a paciente com registro a cada 10min nos primeiros 30min, cada 15min nos 30min seguintes, a cada 30min na 2ª hora, e posteriormente de hora em hora. Este registro não deve ser um
procedimento isolado mas englobar uma atitude capaz de antecipar e corrigir problemas potenciais antes que eles criem uma situação perigosa e possivelmente irreversível. Quando surgirem dúvidas e/ou complicações a enfermagem deve chamar por ajuda médica imediatamente. Em situações de extremo, deverá ser acionado um alarme indicando que ajuda médica é imediatamente requerida na SRPA.
A enfermagem deve ser elogiada pela sua vigilância e nunca repreendida por tê-lo sem necessidade. Ela jamais deve pensar que sua ação foi oposta à prática responsável da recuperação. Se tudo correr bem com 95% das pacientes, ainda assim ela deve permanecer vigilante quanto aos 5% restante.
A ordem das observações deve ser a seguinte:
· Cor
· Funções respiratórias
· Função cardiovascular
· Nível de consciência
· Perdas sangüíneas
Fonte:SOBECC
Exemplo de Impresso de RPA
ECG ( ) | Oximetria ( ) | PA ( ) | PA invasica ( ) | |||||||||||||||
Acordado ( ) | Sonolento ( ) | Calmo ( ) | Agitado ( ) | |||||||||||||||
Hora | | | | | | | | | ||||||||||
temp | | | | | | | | | ||||||||||
pulso | | | | | | | | | ||||||||||
resp | | | | | | | | | ||||||||||
SO2 | | | | | | | | | ||||||||||
PA | | | | | | | | | ||||||||||
PAI | | | | | | | | | ||||||||||
PVC | | | | | | | | | ||||||||||
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Adm | consciência | Respiração | Saturação O2 | Circulação | ||||||||||||||
30’ | | | | | ||||||||||||||
60’ | | | | | ||||||||||||||
120’ | | | | | ||||||||||||||
Líquidos balanço geral | ||||||||||||||||||
Ministrados | Hora | Quantidade | Hora | Quantidade | Eliminados | Hora | Quantidade | |||||||||||
Sangue Glóbulos | | | | | sangue | | | |||||||||||
Plasma | | | | | Urina | | | |||||||||||
Plaquetas | | | | | Suco gástrico | | | |||||||||||
Ringer Lactato | | | | | | | | |||||||||||
Soro Fisiológico | | | | | | | | |||||||||||
Soro Glicosado | | | | | | | | |||||||||||
Sub-total | | | | | Sub-total | | | |||||||||||
Anotações de enfermagem Transferido para: ass. Enfermeira carimbo: | ||||||||||||||||||
Fonte: sobecc – Práticas recomendadas -2009
Anestesia Peridural
É a anestesia obtida pela introdução do anestésico local no espaço extradural. A via de acesso extradural se faz na coluna vertebral , entre a região cervical e a lombar.
O espaço peridural está situado entre a parede osteo-ligamentosa do canal vertebral e a dura mater. Este espaço está cheio de uma gordura semi-fluida e lobulada. Este espaço possui pressã negativa e tem uma capacidade de 118 ml.
I nstrumental
Bandeja contendo serinfa de 10 e 20 ml , agulha peridural mais usada é a 20G, cuba para assepsia , gases e antissépticos(mais usado é a clorexedina alcoólica) há trabalhos científicos relacionado com cefaléia pos com o uso de povidine.
Soluções anestésicas
· Xilocaina a 20% com adrenalina
· Dose máxima 30 ml
· Bupivacaina 0,75%;0,5% e 0,25% (marcaína)
Posição do paciente
· Identica a da raqui
Sinais exatos para a colocação exata da agulha no espaço
· Sinal da perda da resistência (método de Dogliotti)
· Sinal da gota (o espaço suga a gota)
Cuidados durante a punção
Local da punção
· Profundidade em que se encontra o espaço 4cm
· Perda da resistência
· Tranquilidade do ambiente
· Perfuração da dura-mater e punção sanguinolenta
Vantagens:
· Não há cefaléia
· Ausência de sequelas neurológicas
· Pós operatório tranquilo
· Relaxamento muscular perfeito
Desvantagens :
· Técnica difícil e trabalhosa
· Exige que o paciente esteja tranquilo
· Tempo de latência maior
Indicações
· Cirurgias abdminais –abdome inferior e retroperitonial
· Pacientes idosos
· Pacientes diabéticos
Contra-indicações:
· Infecções e deformidades na coluna
· Hipo e hipertensão arterial – abaixo de 90 e acima de 180 mmHg
· Ionsuficiência cardíaca
· Recusa do paciente
Peridural contínua
Indicada em operações com duração acima de 3 horas . É usada uma agulha especial e um cateterde tuoby, devido ao seu bisel, a introdução do cateter de polivinil.
Imagem do KIT
Fonte Sociedade Brasileira de Anestesiologia –www.sba.com.br.
Departamento de Anestesiologia da USP
Sobecc – Práticas recomendadas -2009
Anvisa – ministério da saúde
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 1-ªedicação Rio de Janeiro Guanbara Koogan;2005.
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