segunda-feira, 21 de março de 2011

Lista de material de uso ùnico



Lista de Produtos Médico-Hospitalares de Uso Único”, modificada em 13/07/2005
A atualização desta Lista se encontrará na página da Internet:
www.anvisa.gov.br
1. Agulhas com componentes, plásticos não desmontáveis
2. Aventais descartáveis;
3. Bisturi para laparoscopia com fonte geradora de energia, para corte ou coagulação com aspiração e irrigação;
4. Bisturis descartáveis com lâmina fixa ao cabo; (funcionalidade)
5. Bolsa coletora de espécimes cirúrgicos;
6. Bolsas de sangue;
7. Bomba centrífuga de sangue;
8. Bomba de infusão implantável;
9. Campos cirúrgicos descartáveis;
10. Cânulas para perfusão;
11. Cateter de Balão Intra-aórtico;
12. Cateter epidural;
13. Cateter para embolectomia, tipo Fogart;
14. Cateter para oxigênio;
15. Cateter para termodiluição (swan ganz/ similares);
16. Cateter para ureter duplo J;
17. Cateteres de diálise peritoneal de curta e longa permanência;
18. Cateteres e válvulas para derivação ventricular;
19. Cateteres para infusão venosa com lume único, duplo ou triplo periféricos ou centrais;
20. Clipes de aneurisma permanente e temporário;
21. Cobertura descartável para mesa de instrumental cirúrgico;
22. Coletores de urina de drenagens, aberta ou fechada;
23. Compressas cirúrgicas descartáveis;
24. Conjuntos de tubos para uso em circulação extracorpórea;
25. Dique de borracha para uso odontológico;
26. Dispositivo para infusão venosa periférica ou aspiração venosa;
27. Dispositivo para sutura mecânica, não desmontável linear ou circular;
28. Drenos em geral;
29. Eletrodo para geradores de pulsos implantáveis;
30. Embalagens descartáveis para esterilização de qualquer natureza;
31. Endopróteses vascular implantável;
32. Equipos descartáveis de qualquer natureza exceto as linhas de diálise;
33. Esponjas Oftalmológicas;
34. Estabilizador de tecido tipo Octopus e similares;
35. Expansores de pele com válvula;
36. Extensões para eletrodos implantáveis;
37. Extensores para bomba de infusão e bomba de seringa;
38 Extensores para equipos com ou sem dispositivo para administração de medicamentos
39. Filtros de linha para sangue arterial;
40. Filtros para cardioplegia;
41. Filtros para veia cava;
42. Fios de sutura cirúrgica: fibra, natural, sintético ou colágeno, com ou sem agulha;
43. Geradores de pulso implantáveis;
44. Hemoconcentradores;
45. Injetores valvulados (para injeção de medicamentos, sem agulha metálica);
46. Implantes oftalmológicos;
47. Lâmina de Shaiver com diâmetro interno menor que 3mm;
48. Lâminas descartáveis de bisturi;
49. Lancetas de hemoglicoteste;
50. Lentes de contato descartáveis;
51. Linhas de Irrigação e Aspiração oftalmológicas;
52. Luvas cirúrgicas;
53. Luvas de procedimento;
54. Óleos de silicone Oftalmológico;
55. Oxigenador de bolhas;
56. Oxigenador de membrana;
57. Pinças e tesouras não desmontáveis de qualquer diâmetro para cirurgias vídeo assistida laparoscópica;
58. Próteses oftalmológicas;
59. Próteses com materiais porosos;
60. Próteses valvulares cardíacas implantáveis;
61. Punch cardíaco plástico;
62. Reservatórios venosos para cirurgia cardíaca de cardioplegia e de cardiotomia;
63. Saco coletor de urina infantil;
64. Sensor débito cardíaco;
65. Sensores de Pressão Intra-Craniana;
66. Seringas plásticas exceto de bomba injetora de contraste radiológico.
67. Sistema de stent implantável;
68. soluções viscoelásticas oftalmológicas;
69 Sondas de aspiração;
70. Sondas gástricas e naso-gástricas exceto fouché;;
71 Sondas retais;
72 Sondas uretrais, exceto uso em urodinâmica;
73 Sondas vesicais;
74. Sugador cirúrgico plástico para uso em odontologia;
75.Torneirinha multivias plástica.
76.Transdutores de pressão sanguínea (sistemas fechados);
77.Trocater não desmontável com válvula de qualquer diâmetro;
78.Tubo de coleta de sangue.



Anestesiologia em enfermagem


Anestesiologia
Anestesia geral
Conceito – anestesia é a arte ou ciência de retirar a sensação e a reação a um procedimento cirúrgico.
Anestesia significa perda de todas as modalidades de sensação , quer seja o sentido da dor, tato, temperatura ou posição. Desta maneira , a anestesia geral implica a perda de todas as formas de sensação em todo o corpo, estando associada à inconsciência. Portanto , ela é um estado reversível de ausência de percepção dolorosa , relaxamento muscular, depressão neurovegetativa e inconsciência.
A anestesia geral compreende a tríade de inconsciência, relaxamento muscular e analgesia.
Estes efeitos são comumente produzidos através da administração de diferentes drogas no sistema nervoso, cada qual para sua própria ação específica.
Classificação:
Anestesia geral inalatória- é obtida pela administração de um agente gasoso ou volátil, através do sistema respiratório,inicia-se com a inalatória corre para a corrente sanguínea através da permeabilidade dos brônquios- alvéolos, chega aos centros cerebrais e deprime o SNC.Usada em pequena intervenções  exemplo : redução incruenta de fratura
Anestesia geral endovenosa:é obtida através do uso de uma ou mais drogas , por via endovenosa.
Anestesia geral balanceada: é obtida através do luso concomitante , em proporções variadas , de agente inalatórios e intravenosos.

Histórico
    Na antiguidade , os métodos de anestesia geral envoluiram:
·         Provocação proposital de uma contusão cerebral
·         Asfixia do candidato à cirurgia
·         Embriagues
·         Combinação de ervas e/ou seus alcaloides.
Muitas dessas combinações somente funcionam dentro de um contexto místico/mágico/hipnótico, quase sempre com o paciente em estado clínico muito precário ou terminal.
    Um fato promissor ocorreu na época em que a humanidade descobria a existência dos gases e, dentre eles estava o óxito nitroso ( utilizado em festas e circos itinerantes , que exploravam sua propriedade de induzir euforia-gás hilariante e ao mesmo tempo provocava analgesia.
     O primeiro anestésico inalatório utilizado com sucesso durante uma cirurgia foi o éter dietílico. Posteriormente , outros agentes novos surgiram , prometendo vantagens sobre o éter, embora a maioria tenha sido abandonado frente às desvantagens e complicações acumuladas no decorrer do uso. Exemplo:
·         Clorofórmio ( mais potente do que o éter , porém provocava arritmia cardíaca.
·         Ciclopropano ( provocava explosões em sala de cirurgias).
Atualidades
São utilizados três agentes inalatórios:
1.       Halotano
2.       Enflurano
3.       Isoflurano
Halotano- conhecido como fluotano, passou a ser usado amplamente a partir da década de 50/60 . Ele não é inflamável.
·         Produz indução e despertar suaves
·         Não irritante para as mucosas e é broncodilatador
·         Tem boa potência analgésica
·         Desvantagens – aumenta a pressão intracraniana, causa depressão circulatória, induz arritmias cardíacas, leva a hepatite medicamentosa em determinados pacientes
Enflurano- conhecido como etrane. Foi introduzido uma década após o halotano.
·         Tem a metade da potência do halotano.
·         Produz relaxamento muscular
·         Leva a indução lenta
·         Deprime a respiração em planos profundo.
·         Provoca menos arritmias cardíacas e não causa hepatite medicamentosa.
·         Tem capacidade de deprimir o sistema circulatório.]
Isoflurano- surgiu na década de 80 , conhecido como forane. A mudança apenas na posição de alguns átomos resultou num agente mais potente, menos cardiodepressor , e , consequentemente, mais seguro para ser usado em pacientes cardiopatas.

Óxito Nitroso
Ajuda as hemácias a captar mais O2, não é potente, serve só para completar  a anestesia.
·         Fornece indução rápida e suave
·         Menos potente, porém mais usado para suplementar  outras técnicas,
·         É eliminado em poucos minutos
·         Produz analgesia intensa quando associado
·         Não causa relaxamento muscular
·         Seu emprego necessita do uso de aparelho de anestesia
·         Não é irritante para as mucosas

Estes agentes voláteis são extremamente potentes e devem ser administrados através de aparelhos calibrados e de grande precisão conhecidos como vaporizadores.
Imagem

    

    

Os anestésicos inalatórios são capazes de promover analgesia e hipnose e, quando usado em grandes doses, também produzem relaxamento muscular. No entanto, essas doses elevadas são arriscadas , dando preferência à associação de um medicamento relaxante muscular.
O anestésico é vinculado em uma determinada concentração , juntamente com oxigênio , através dos circuitos de gases, que podem ser circuitos sem reinalação ou com reinalação  ( uso da cal sodada).


      

Agentes de indução intravenosa
1-      Hipnóticos – induzem , sem exceção , à perda da consciência de modo rápido após a administração EV; isto ocorre à medida que o cérebro recebe uma grande porcentagem do débito cardíaco e , consequentemente, da substância injetada, Não deve ser considerado um anestésico geral, uma vez que não produz analgesia e relaxamento muscular. Ele é útil para iniciar uma anestesia geral, pois poupa o paciente de respirar , ainda consciente , os vapores anestésicos de odor forte e irritantes. O hipinótico mais utilizado é o thionembutal , hypnomidate e propofol.
O Thio provoca indução agradável é rápida, seguida de hipnose moderada ou forte sedação. Após a indução , a anestesia é mantida por outros agentes como o halotano.
A indução é propicia uma anestesia por tempo de 15 a 20 minutos. Provoca miose , espasmo laríngeo ou depressão respiratória, atravessa a placenta , diminui a pressão intracraniana.Relaxa os pequenos músculos depois o diafragma, no final o diafragma volta primeiro depois os pequenos músculos .
Vantagens , não estimula a secreção e diminui a pressão intracraniana.
Desvantagens – depressão respiratória e apnéia, pouco analgésico, eliminação lenta, não provoca relaxamento muscular tem propriedades depressoras dos miocárdio.

Contra-indicação-asma brônquica , estado de choque e hipovolemia.
2-      Opiáceos: são analgésicos , dentre os quais o grupo dos narcóticos ou opióides são os mais comuns. Existem três alcaloides naturais derivados do ópio em uso clínico: morfina, codeína e a papaverina. Seu uso é restrito devido aos efeitos colaterais como: depressão respiratória, prurido e retenção urinária. ( dimorf).
Na atualidade os opiáceos mais utilizados são: fentanil e o alfentanil. O fentanil é um analgésico sintético, cem vezes mais potente do que a morfina, sendo utilizado para produzir anestesia geral, juntamente com relaxante muscular e uma droga hipnótica. Tais drogas são administrada por via endovenosa.

A anestesia propriamente dita
·         Sala de indução- enquanto espera o paciente , o anestesista verifica o equipamento anestésico, seleciona os medicamentos, verifica os equipamentos de monitorização.
·         Monitoramento – em todos os casos , o equipamento de monitorização é ligado antes da indução da anestesia, sendo obtidas as leituras basais, A monitorização pré-anestésica deverá consistir de ;
·         Oxímetro de pulso- permite a monitorização constante da saturação do oxigênio do sangue arterial, alertando qualquer anormalidade do sistema respiratório.
·         Dispositivo de registro de pressão arterial –
·         Monitor cardíaco- fornecem as derivações de um ECG contínuo
·         Acesso intra-venoso – de calibre adequado para a cirurgia.
·         Monitor de capnografia- monitoramento de CO2
Indução e manutenção da anestesia geral
    A anestesia deverá atingir rapidamente uma profundidade apropriada para a cirurgia. A anestesia muito superficial está associada à movimentação , rigidez muscular, instabilidade cardiovascular e , o pior, à consciência do paciente. A anestesia excessiva pode ser perigosa, produzindo depressão dos sistemas cardiovascular e respiratório , além de prolongar o período
De recuperação. Desta maneira , os sinais vitais da profundidade da anestesia são muito importantes .

Estágios de anestesia
·         Estágio I – analgesia ou indução – consiste na administração incial da anestesia até o nível desejado de profundidade. O período de anestesia até a perda da consciência. A ventilação do paciente é irregular e de pequeno volume, as pupilas está pequenas, e os reflexos ainda estão íntegros.
·         Estágio II – excitação – é o período desde a perda da consciência até o estabelecimento da ventilação rítmica. As pupilas estão grandes e divergentes , o reflexo ciliar está abolido , mas o reflexo laríngeo está íntegros. O paciente pode estar muito agitado ( sub-inconsciente age no consciente, falas desconexas).
·         Estágio III- anestesia cirúrgica – a ventilação é regular, mas pode tornar-se deprimida , tanto em frequência, quanto em profundidade, à medida que a anestesia é aprofundada. As pupilas encontra-se centralizadas e não reagentes , mas a medida que anestesia é aprofundada , elas dilatam-se , embora permaneçam fixas. Esta fase pode permanecer até a suspensão do anestésico . Também chamada de fase de manutenção e ao suspender a medicação ,sendo esta metabolizada , temos portanto, a recuperação do paciente.
·         Estágio IV- Apnéia- a respiração cessa, o relaxamento muscular é intenso, as pupilas estão fixas e dilatadas. Esta é a anestesia excessiva, estando o paciente em risco.
A indução é mais comumente realizada por via intravenosa e os agentes utilizados são variados, como: barbitúrico- tiopental ou hypnomidate ; opióides-fentanil. Durante a administração destes agentes , o paciente estará recebendo oxigênio através de uma máscara facial e observa-se as reações do mesmo. A medida que o paciente começa a dormir , movimentos involuntários podem ocorrer , como soluços ou abalos. A injeção é interrompida quando o paciente perde a consciência.

Inbutação da traquèia
Existe dois métodos principais de se controlar a via aérea durante a anestesia ; intubação ou por máscara facial.
Indicação para intubação :
·         Fatores cirúrgicos – cirurgia de cabeça e pescoço e grande porte
·         Fatores do paciente- via aérea anatomicamente difícil e risco de aspiração
·         Fatores anestésicos- técnica envolvendo ventilação artificial

A intubação endotraqueal é efetuada sob anestesia inalatória ou EV e para isto, é necessário o relaxamento da glote com o uso de bloqueador neuromuscular. Para o relaxamento neuromuscular o paciente deve estar sob efeito de um hipnótico-thionembutal.

Materiais usados para entubação endotraqueal:
·         Equipamento para ventilação/oxigenação prévia
·         Aspiradores potentes
·         Laringoscópios apropriado com suas respectivas lâminas
·         Cânulas endotraqueais e intermediários
·         Esparadrapo ou outro dispositivo para a fixação da mesma.





    


Após intubação o paciente é ligado ao aparelho de anestesia, podendo ser uma respiração controlada assistida. Os gases anestésicos são introduzidos nos pulmões , através da ventilação , sendo absorvido pelo sangue ao nível alveolar e transportado pra o cérebro.
Obs:
·         Respiração do paciente
·         Função circulatória e ácido-base
·         Condições hematológica e metabólica
·         Integridade física(proteger os olhos , a placa do bisturi.

Recuperação anestésica
1-      Superficialização;
Trata-se do processo inverso da indução anestésica. A escolha exata do momento exato para iniciar a superficialização deve levar em conta tantos os fatores relacionados com as drogas utilizadas , como as condições farmacocinéticas do paciente. Ela tem início quando se interrompe a administração do agente inalatório e/ou endovenoso.
2-      Antagonização:
Algumas drogas não cessam seu efeito apenas com a interrupção da mesma necessitando , portanto , administrar drogas antagônicas.
As drogas mais utilizadas são:
Ø  Neostigmia – inibidor da pseudo-acolinesterase-reversa a ação dos relaxantes  mausculares ( prostgmine)
Ø  Naloxone ( narcan)- utilizado para inibir rapidamente a ação dos opiáceos como o fentanil.
3-      Desmame do ventilador- após a recuperação da função muscular e a antagonização dos depressores dos centros respiratórios , o paciente deve ser incentivado a reassumir a ventilação espontânea , através da desconexão intermitente do respirador.
4-      Extubação traqueal- é retirada a cânula endotraqueal. Deve ser precedida por cuidadosa limpeza ( aspiração) da secreção orofaríngea , traqueobrônquica e reexpansão tporácica. Após a retirada da cânula o paciente deve receber oxigênio através de máscaras. A estabilização dos sinais vitais,a recuperação da consciência , retorno muscular são alguns dos parâmetros para encaminhar o paciente para a SRPA (sala de recuperação pós anestésica).
Relaxantes musculares
São drogas usadas, como coadjuvantes , em anestesia para produzir mairo relaxamento intra=-abdominal. Descoberta em 1859, através de relatos de índios no uso de flechas envenenadas com uma substância que matava o animal por asfixia. Após estudos esta droga , até então desconhecida foi denominada Curare “mata por asfixia”, não sendo, portanto anestésica. 
Principais indicações:
Ø  Produzir relaxamento muscular
Ø  Diminuir a quantidade de anestésico inalatório
Ø  Facilitar a intubação traqueal
Ø  Corrigir laringoespasmos
Desenho da glote





Classificação dos relaxantes musculares
1-      Drogas não desporalarizantes – são drogas que competem com acetilcolina no receptor, impedindo o transmissor de agir , atuando como agente antiespolarizante. Ocupa o lugar do receptor da acetilcolina, não desporlarizando a placa . Tempo de ação 40 minutos . Ex: allferine _ Pavulon- Flaxedil. Tracrium + Pavulon não precisa do antagonista ( prostgmine)
2-      Drogas que competem com a acetilcolina, são drogas que ocupam o espaço da acetilcolina levando a uma despolarização da placa seguida de relaxamento por esgotamento. Tempo de duração 5 minutos.
Faz ação da acetilcolina em excesso e relaxa por esgotamento, causa tremores.
Ex: Quelicim
A ação dos relaxantes musculares é revertida através da droga Prostgmine inibe sua ação .

Anestesia Loco-regional
Desde a descoberta do efeito anestésico da cocaína por Carl Koller , em 1884 , a anestesia de condução vem sendo utilizada. Descobriu que a cocaína apresentava efeito anestésico sobre a superfície conjuntival. Em 1885 , Leonardo Corning, estudando o efeito da cocaína sobre os gânglios paravertebrais de cães, acidentalmente perfurou o canal raquidiano e provocou a primeira anestesia raquidiana. Porém , é a Dogliotti, em 1939 que é atribuído o crédito da popularização da técnica e sua descrição minuciosa.
Entende-se por anestesia local ou regional a que se obtém por meio de agentes químicos ( anestésicos locais) , resultando interrupção temporária dos impulsos nervosos , sem a perda da consciência . O anestésico impede a sensibilidade dos impulsos nervosos, não chega ao cérebro.
Tipos de anestesia Loco-regional
ü  Anestesia tópica – resultante da aplicação do agente anestésico sobre as mucosas por instilação , spray , pomadas, gotas, adesivos
ü  Anestesia por infiltração – o tecido a ser operado é infiltrado com anestésico que atua diretamente sobre as terminações nervosas.
ü  Bloqueio de campo – a infiltração do anestésico se faz ao redor do tecido a ser operado.
ü  Anestesia por condução – obtida pela deposição do anestésico junto aos troncos nervosos, longe do campo a ser operado.
ü  A anestesia por condução divide-se:
ü  Bloqueio de troncos nervosos : tronculares
ü  Bloqueio das raízes nervosas no espaço extradural- peridural  
ü  Bloquei  das raízes nervosas no espaço subural : raquidiana ( agulha vai até a dura mater e flui o líquido céfalo-raquidiano).
Ações dos anestésicos locais
·         Ação no SNC – deprime – depressão , analgésico( impede o impulso para ser codificado), ação nos quimiorreceptores (locais de grande quantidade de sangue , crosta da aorta, carótida, brônquios), regulam a quantidade de oxigênio e CO2 no organismo.Deprime os receptores cutâneos.
·         No coração excitabilidade     FC
                            condutibilade
·         Ação na circulação – vasodilatação 
Ação no respiratório- pequenas doses estimulam o centro respiratório e grandes doses deprime-o.O volume depende do peso
Diminue a sensibilidade
·         Térmica – 1ª ordem  ( algodão com álcool não sente)
·         Dolorosa- 2ª ordem ( agulhinha)
·         Tátil – 3ª ordem ( espeta com firmeza a pinça)
Diminui a motricidade –sensibilidade motora – exemplos moviemtnos para levantar a perna. Ex: marciana
0,75 aboli até a motricidade – térmica dolorosa e tátil
0,5 não aboli a tátil ( sente) mexer , mudar
0,25 não aboli a motricidade ( parto)

Composição dos anestésicos
O anestésico é composto de ácido e base , isto é 50% de ácido e 50% de base, portanto ele é uma substância neutra. No entanto sua ação depende do ácido e sua difusão depende da base.
Para a  ação e difusão máxima no SN é necessário 50% de ácido e 50% de base e o meio deve ser neutro.
Exemplo quando na infecção o meio vai estar ácido por isso não pega a anestesia .
PH meio  - ação dificultada
Base           difusão facilitada

PH meio    ação facilitada
Ácido          difusão dificultada
Se o PH foge da neutralidade , então não temos anestesia.
Ex de anestésico locais, para que sejam adequados, devem apresentar as seguintes propriedades:
1-      Ter potência adequada
2-      Dar uma duração anestésica suficiente
3-      Não ser tóxica
4-      Não provocar hábitos
5-      Não ser alergênica
6-      Não ser irritantes para os tecidos
7-      Ser estável quimicamente de modo a permitir sua esterilização
8-      Ser solúvel em água
9-      Não retardar a cicatrização
Anestesia raquidiana
É uma anestesia obtida pela introdução do anestésico no espaço subdural. O anestésico age nas ráizes nervosa, sendo que a medula propriamente dita não é atingida. O anestésico bloqueia a condução nervosa, produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos.
A distribuição dos anestésicos depende:
·         Fatores anatômicos como : curvatura antero posterior da coluna cervical (lordose )
·         Fatores físicos como a gravidade: depende da densidade do líquido cefalorraquidiano e da solução anestésica. A solução mais utilizada no momento é a hiperbara.( é mais pesada que o líquor- xylocaína +glicose)são indicadas para cirurgias abaixo do umbigo e de maior duração.
Cuidados preliminares:
·         Punção venosa com cateter de calibre adequado para infusão rápida de líquidos
·         Material de anestesia geral e reanimação para qualquer eventualidade
·         Drogas sedativas e vasopressoras presente na sala
·         Bandeja de raqui devidamente preparada
·         Anestésico local mais empregado como: marciana pesada, bupivacaina ou lidocaína. Na gravidez é só raque pois a anestesia geral passa para a placenta.
Posicionamento:
·         Sentado na mesa cirúrgica com as pernas pendentes ou esticadas , região do mento encostada no esterno, ombros relaxados e exposição da coluna vertebral.
·         Técnica de punção
·         Agulhas 5,6,7  quanto mais fina menor complicações , bisel chanfrado é o mais usado
·         Calçar luvas estéril e preparar as medicações
·         Assepsia rigorosa  da pele
·         Identificação do espaço através de uma linha imaginária ligando as duas crista ilíacas a esta linha passa justamente ao nível do espaço intervertebral de L4 e L5.
·         Introdução da agulha de raqui ( o número mais utilizado é a 5, 6, 7 )atravessa a pele , tecido subcutâneo , ligamento supra espinhoso, inter-espinhoso , ligamento amarelo, espaço extradural, dura máter e finalmente o espaço subaracnóide , onde encontramos o líquor cefalorraquidiano.
Destino do agente anestésico:
O anestésico introduzido no espalho subaracnóide difunde-se devido ao seu movimento molecular e ao mesmo tempo este se fixa aos nervos, onde irá exercer sua ação, bloqueando a condução elétrica dos nervos.
Percussão sistêmica
Pode ser de duas formas :
Intoxicação do anestésico – raramente
Pelo bloqueio autônomo – o bloqueio nervoso atinge fibras sensitivas e motoras , mas também promove bloqueio das autônomas simpáticas e parassimpáticas ( é pouco afetado pela sua localização crânio-caudal). Quando ocorre bloqueio extenso do sistema nervoso simpático , haverá profunda repercussão sistêmica como por exemplo;
·         Sistema cardiovascular – sistema nervoso autônomo simpático bloqueado dilatação dos capilares arteriais e venosos  →queda do retorno venoso ao coração →diminuição do débito cardíaco → hipotensão arterial.
·         Sistema respiratório – a apnéia é mais frequente devido à hipotensão arterial grave não tratada. Hipotensão leva à isquemia do sistema nervoso central e disfunção dos centros respiratórios , consequentemente , à apnéia.
Complicações da raquianestesia :
·         Hipotensão arterial – bloqueio simpático e vasodilatação vascular.
·         Perturbações respiratórias –paralisia dos músculos intercostais
·         Náuseas  e vômitos
·         Cefaleias (hipotensão)
·         Meningites ( contaminação)
·         Dor lombar
·         Síndrome de cauda equina ( paraplegia, causa idiopática)
Vantagens:
·         Técnica simples e econômica
·         Baixa toxidade

Desvantagens
·         Hipotensão arterial
·         Sequelas neurológicas
Indicações
·         Cirurgia do andar inferior do abdome
·         Indivíduos obesos
·         Diabéticos
Contra indicações
·         Infecção no local da punção
·         Hipo e hipertensão arterial
·         IAM
·         Choque hipovolêmico
·         Recusa do paciente

CRITÉRIOS DE ALTA DA SRPA
Os critérios de alta são de responsabilidade instransferível do Anestesiologista.
 Para tal julgamento o anestesiologista associará critérios clínico específicos com os dados objetivos tirados da ficha de recuperação pósanestésica.  Os critérios clínicos incluem:
·         Padrão respiratório normal
·         Freqüência respiratória adequada
·         Ausência de sonolência ou confusão mental
·         Sinais vitais estabilizados
·         Capacidade para manter as vias aéreas
·         Saturação de 02 Sp02 95%
1. A permanência da paciente na SRPA limitar-se-á a sua recuperação pós-anestésica,sendo imediatamente transferida após receber alta.
2. A enfermagem em consonância com a obstetrícia providenciarão acomodação para a paciente de alta da SRPA.
3. Após a alta a paciente poderá ter destinos diferentes: poderá ir para residência,ir para enfermaria, ir para uma unidade intermediária, ser internada na UTI.
AVALIAÇÃO PERMANENTE
Após a avaliação inicial e o devido registro na ficha de avaliação a enfermagem manterá observação contínua sobre a paciente com registro a cada 10min nos primeiros 30min, cada 15min nos 30min seguintes, a cada 30min na 2ª hora, e posteriormente de hora em hora. Este registro não deve ser um
procedimento isolado mas englobar uma atitude capaz de antecipar e corrigir problemas potenciais antes que eles criem uma situação perigosa e possivelmente irreversível. Quando surgirem dúvidas e/ou complicações a enfermagem deve chamar por ajuda médica imediatamente. Em situações de extremo, deverá ser acionado um alarme indicando que ajuda médica é imediatamente requerida na SRPA.
A enfermagem deve ser elogiada pela sua vigilância e nunca repreendida por tê-lo sem necessidade. Ela jamais deve pensar que sua ação foi oposta à prática responsável da recuperação. Se tudo correr bem com 95% das pacientes, ainda assim ela deve permanecer vigilante quanto aos 5% restante.
A ordem das observações deve ser a seguinte:
·         Cor
·         Funções respiratórias
·         Função cardiovascular
·         Nível de consciência
·         Perdas sangüíneas
 Fonte:SOBECC
Exemplo de Impresso de RPA
ECG    (       )
Oximetria  (      )
PA    (     )
PA invasica  (     )
Acordado  (      )
Sonolento    (      )
Calmo (       )
Agitado  (      )
Hora








temp








pulso








resp








SO2








PA








PAI








PVC









Adm
consciência
Respiração
Saturação O2
Circulação
30’




60’




120’




Líquidos balanço geral
Ministrados
Hora
Quantidade
Hora
Quantidade
Eliminados
Hora
Quantidade
Sangue
Glóbulos




sangue


Plasma





Urina


Plaquetas





Suco
gástrico


Ringer Lactato







Soro
Fisiológico







Soro
Glicosado







Sub-total





Sub-total


Anotações de enfermagem









Transferido para:                                      ass. Enfermeira carimbo:



















Fonte: sobecc – Práticas recomendadas -2009
Anestesia Peridural
É a anestesia obtida pela introdução do anestésico local no espaço extradural. A via de acesso extradural se faz na coluna vertebral , entre a região cervical e a lombar.
O espaço peridural está situado entre a parede osteo-ligamentosa do canal vertebral e a dura mater. Este espaço está cheio de uma gordura semi-fluida e lobulada. Este espaço possui pressã negativa e tem uma capacidade de 118 ml.
I nstrumental
Bandeja contendo serinfa de 10 e 20 ml , agulha peridural mais usada é a 20G, cuba para assepsia , gases e antissépticos(mais usado é a clorexedina alcoólica) há trabalhos científicos relacionado com cefaléia pos com o uso de povidine.
Soluções anestésicas
·         Xilocaina a 20% com adrenalina
·         Dose máxima 30 ml
·         Bupivacaina 0,75%;0,5% e 0,25%    (marcaína)
Posição do paciente
·         Identica a da raqui
Sinais exatos para a colocação exata da agulha no espaço
·         Sinal da perda da resistência (método de Dogliotti)
·         Sinal da gota  (o espaço suga a gota)
Cuidados durante a punção
Local da punção
·         Profundidade em que se encontra o espaço 4cm
·         Perda da resistência
·         Tranquilidade do ambiente
·         Perfuração da dura-mater e punção sanguinolenta
Vantagens:
·         Não há cefaléia
·         Ausência de sequelas neurológicas
·         Pós operatório tranquilo
·         Relaxamento muscular perfeito
Desvantagens :
·         Técnica difícil e trabalhosa
·         Exige que o paciente esteja tranquilo
·         Tempo de latência maior
Indicações
·         Cirurgias abdminais –abdome inferior e retroperitonial
·         Pacientes idosos
·         Pacientes diabéticos
Contra-indicações:
·         Infecções e deformidades na coluna
·         Hipo e hipertensão arterial – abaixo de 90 e acima de 180 mmHg
·         Ionsuficiência cardíaca
·         Recusa do paciente

Peridural contínua
     Indicada em operações com duração acima de 3 horas . É usada uma agulha especial e um cateterde tuoby, devido ao seu bisel, a introdução do cateter de polivinil.



Imagem do KIT

Fonte Sociedade Brasileira de Anestesiologia –www.sba.com.br.
Departamento de Anestesiologia da USP
Sobecc – Práticas recomendadas -2009
Anvisa – ministério da saúde
Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 1-ªedicação Rio de Janeiro Guanbara Koogan;2005.